Ultimas

25 janeiro 2013

(Resenha) Belo Desastre - Jamie Mcguire

Belo Desastre


Título: Belo Desastre; Autor: Jamie Mcguire; Editora: Verus; Ano: 2012, Páginas: 392

A nova Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão, e tem a quantidade apropriada de cardigãs no guarda-roupa. Abby acredita que seu passado sombrio está bem distante, mas, quando se muda para uma nova cidade com America, sua melhor amiga, para cursar a faculdade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy da universidade.
Travis Maddox, com seu abdômen definido e seus braços tatuados, é exatamente o que Abby precisa – e deseja – evitar. Ele passa as noites ganhando dinheiro em um clube da luta e os dias seduzindo as garotas da faculdade. Intrigado com a resistência de Abby ao seu charme, Travis a atrai com uma aposta. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento de Travis pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, Travis nem imagina que finalmente encontrou uma adversária à altura.
Eu comecei a ler esse livro meio desconfiada, não era de fato pelo livro, que sempre recebe críticas maravilhosas, mas sim por um pequeno detalhe que ultimamente tem me feito pensar duas vezes sempre que leio um livro: havia uma comparação com Crepúsculo na orelha do livro.
Os fãs de crepúsculo que me perdoem, eu li os livros, vi os filmes e não entrarei no mérito de dar a minha opinião aqui porque vim falar de outro livro, mas percebi que ultimamente todos os livros seja de romance ou não tem sido comparados a Crepúsculo.
E quando não é Crepúsculo, é 50 Tons de Cinzas, que eu não li nem pretendo ler, mas acho que não tem nada a ver um com o outro. Acho que de certa forma é natural comparar com sucessos, mas não chegar ao ponto de colocar um título de “novo crepúsculo” ou algo parecido.
Isso me irrita e me deixa desconfiada, me faz pensar que o livro em questão não tem mérito suficiente para se sustentar com suas “próprias pernas”, ou seja, o argumento não é bom o suficiente e tem que se apoiar em uma saga já consolidada.
O que não é de jeito nenhum o caso de Belo Desastre. Ele é um livro que parece e até é de certa forma um clichê. É um romance, nada mais e nada menos. Mas tem uma história muito bem desenvolvida que preenche suas páginas e você se perde e se encanta na história. Eu acho que para todo esse “clichê” esse livro é uma grande exceção, felizmente.
Eu sou meio chata com o que eu leio, tenho até certo “preconceito” com livros narrados em primeira pessoa principalmente se for pela mocinha. Acho que livros em primeira pessoa deixam muito focados no narrador e nos perdemos naquele ponto de vista. Um exemplo clássico é Dom Casmurro, mas isso nunca me incomodou a ponto de me fazer largar um livro.
O que me incomoda é que os livros narrados pela mocinha, que ultimamente são a grande maioria, tendem, infelizmente, a ser muitos cheios de reclamações e as garotas falam e pensam sem parar sobre seus sentimentos e tals, quando eu normalmente quero ler a história, de fato.
Com toda a sinceridade, eu acho esses livros tremendamente chatos. Esse foi mais um dos motivos que me deixou meio desconfiada com esse livro, o que só preenche aquele velho ditado de nunca julgar um livro pela capa, que aliás é linda.
Um detalhezinho quase sem importância, o que me fez ler o livro foi a capa, que achei linda, aquela borboleta aprisionada foi o que me fez decidir a ler o livro. Queria saber o porquê dela estar dentro de um vidro, o que de fato, é apenas uma alegoria de uma capa bonita para chamar a atenção, mas valeu a pena porque me convenceu a ler o livro.
Esse livro é completamente viciante, eu o li em um dia, o que é normal com livros que eu gosto, mas esse eu li sem parar. É muito bem escrito que nos faz “entrar” nos sentimentos da personagem, que aliás, ela não reclama na narrativa e sim narra.
Para os que não sabem, esse é um novo gênero chamado new adult ou post adolescente literature, são histórias para quem já é considerado legalmente adulto, mas ainda não construíram uma “vida” no mundo dos adultos. Aparentemente é um mercado lucrativo, enfim... As histórias desse gênero são de mocinhas não tão certinhas e gente, o príncipe encantado fugiu, e os mocinhos que sobraram estão bem longe de ser perfeitos. Eu particularmente gostei disso, estou saturada de mocinhos perfeitos e mocinhas tão longe da realidade que me dá vontade de rir. E sim, eu dei uma pesquisada, porque nem sabia que existia esse novo gênero.
Agora vamos a resenha da história propriamente dita...
A Abby é muito diferente das mocinhas que estamos acostumadas, ela é muito determinada, a ponto de ser teimosa, e essa sua teimosia foi uma das poucas coisas que me fez querer apertar seu pescoço. Ela desde o começo determinou que não seria mais um número na cabeceira do Travis, o que pode se entender perfeitamente levando em consideração o “histórico” de pseudo-relacionamentos do Travis, que normalmente era resumido em uma noite e um até logo.
Belo Desastre é uma das poucas histórias que o autor demonstra o desenvolvimento do relacionamento, eles se conhecem e não se apaixonam só de olhar como em muitos livros, sim, há de fato uma atração gigantesca entre eles, um estalo, mas eles não se olham e caem de amores um pelo outro, o relacionamento deles se desenvolve gradualmente, junto com a confiança mesmo com a Abby meio desconfiada das intenções do Travis.
Apesar de toda a atração que havia entre eles, a Abby estabeleceu ser “apenas amigos” e ele concordou, o que depois se tornou algo que nenhum dos dois queria ultrapassar porque no fim, os dois se tornaram amigos de verdades.
O Travis é um personagem muito interessante, é o típico badboy mulherengo que apesar de suas atitudes ainda tem mulheres aos pés deles, então ele dá pouco ou nenhum valor a essa mulheres.
O divertimento dele é lutar clandestinamente, forma que ele ganha dinheiro e se diverte, isso na cabeça dele, claro. E esse fato junto com seu temperamento explosivo e por vezes violento lhe rendeu a alcunha de “Cachorro Louco”.
E é então que ele se encontra com a Abby. Em uma dessas lutas. Ela uma suposta garota toda certinha e ele um badboy mulherengo. O que apenas demonstra que as aparências enganam porque o Travis não era apenas um amontoado de músculos enquanto a Abby não era a Srta. Certinha.
O Travis tem uma reputação¸ que aliás depois mais atrapalha que ajuda. Até que ele se encanta com a Abby, isso desde o princípio, imagino que seja outro clichê, mas ele era tão assediado que ser rejeitado tornou-se um desafio que ele não pode recusar.
A Abby quer fugir de seu passado, quer se estabilizar de forma que ela nega completamente a possibilidade de um relacionamento com alguém tão “instável” quanto o Travis. Ela quer tanto um pretendente com essa estabilidade que teimosamente nega o Travis. Ela não quer de jeito nenhum ficar com o mulherengo que luta clandestinamente, na cabeça dela, isso apenas arruinaria a vida que construiu depois que foi feita em cacos.
E o Travis, bem, ele não quer de jeito nenhum que a Abby fique com os seus “pretendentes” ele é ciumento e possessivo, não quer ceder a garota para outro cara. Eles são amigos, sim, mas até a página 2, porque o Travis morre de ciúmes da Abby e a Abby do Travis. A grande coisa é que ela não que ceder de jeito nenhum. Ela quer porque quer um namorado estável, mas não quer abandonar “sua amizade” com o Travis.
O relacionamento deles é completamente louco se você encarar esse ponto de vista, eles dependem muito um do outro, quase obsessivamente, na minha opinião. Tudo é uma montanha russa, enquanto o relacionamento deles funciona tudo está bem, mas quando começa a desmoronar tudo desmorona e incendeia junto. Usando novamente a mesma palavra, o Travis era quase obsessivo com a Abby e com toda a sinceridade, a Abby também era com ele.
Ela não queria admitir que o queria, mas também não queria que ele estivesse com outra. Não era exatamente a mais saudável relação do mundo.
Não posso esquecer da melhor amiga da Abby, America que namora o melhor amigo do Travis, Shepley, são personagens que apesar de serem secundários foram muito bem elaborados e tiveram um bom destaque.
Não entrarei mais em detalhes senão darei muitos spoilers, mas resumindo, esse livro me surpreendeu de uma forma muito positiva. Os personagens são carismáticos e muito bem trabalhados e aprofundados, tudo se encaixa perfeitamente e a narrativa é maravilhosa. Não é um livro que vá te fazer pensar ou algo assim, é um livro para relaxar. Afinal de contas é um romance.

Uma curiosidade, a autora está escrevendo a história pelo ponto de vista do Travis e isso é algo que eu realmente queria ler. Se chama Walking Disaster.





4 comentários:

  1. Eu adorei esse livro e a sua resenha! Amei <3 o personagem do Travis ele é um perfeito BadBoy ;D o final tinha uma coisas meio bizarras mais vamos dar um credito sim ! bju

    ResponderExcluir
  2. Oi, flor.
    Eu concordo com você, essas comparações são irritantes.
    Mas, eu também gostei do livro.
    Realmente a história é super "comum", clichê, não tem nada de mais, mas ela tem o incrível poder de te prender hehe
    Eu gostei bastante do livro e estou esperando para conhecer os outros Maddox *-* hehe
    Beijinhos!
    http://fulanaleitora.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  3. Oi, querida.
    Eu gostei da sua resenha, vc é super sincera.
    Gostaria de ler o livro.

    Beijos
    http://marlicarmenescritora.blogspot.com.br/


    P.S: Aproveito a oportunidade para anunciar que tem sorteio de livro nacional. Venha apoiar. http://marlicarmenescritora.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. Eu li Belo Desastre da virada de ano, li super rápido e gostei bastante :}
    Essas comparações com outros grandes sucessos deixa sempre um pouco a desejar, afinal e se eu não gostei por exemplo de Crepúsculo não vou gostar daquele que está sendo comparado.
    ^^
    postitandscrapbook.blogspot.com.br

    ResponderExcluir

Obrigada pelos seu comentário, ele move nosso blog e nos faz muito contentes.

 
Copyright © 2014 Louca Escrivaninha
Traduzido Por: Louca Escrivaninha - Design by Le Pimenta