Título: Belo Desastre; Autor: Jamie Mcguire; Editora: Verus; Ano: 2012, Páginas: 392
A nova Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão, e tem a quantidade apropriada de cardigãs no guarda-roupa. Abby acredita que seu passado sombrio está bem distante, mas, quando se muda para uma nova cidade com America, sua melhor amiga, para cursar a faculdade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy da universidade.Travis Maddox, com seu abdômen definido e seus braços tatuados, é exatamente o que Abby precisa – e deseja – evitar. Ele passa as noites ganhando dinheiro em um clube da luta e os dias seduzindo as garotas da faculdade. Intrigado com a resistência de Abby ao seu charme, Travis a atrai com uma aposta. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento de Travis pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, Travis nem imagina que finalmente encontrou uma adversária à altura.
Eu comecei
a ler esse livro meio desconfiada, não era de fato pelo livro, que sempre
recebe críticas maravilhosas, mas sim por um pequeno detalhe que ultimamente
tem me feito pensar duas vezes sempre que leio um livro: havia uma comparação
com Crepúsculo na orelha do livro.
Os fãs de
crepúsculo que me perdoem, eu li os livros, vi os filmes e não entrarei no
mérito de dar a minha opinião aqui porque vim falar de outro livro, mas percebi
que ultimamente todos os livros seja de romance ou não tem sido comparados a
Crepúsculo.
E quando
não é Crepúsculo, é 50 Tons de Cinzas, que eu não li nem pretendo ler, mas acho
que não tem nada a ver um com o outro. Acho que de certa forma é natural comparar
com sucessos, mas não chegar ao ponto de colocar um título de “novo crepúsculo”
ou algo parecido.
Isso me
irrita e me deixa desconfiada, me faz pensar que o livro em questão não tem
mérito suficiente para se sustentar com suas “próprias pernas”, ou seja, o
argumento não é bom o suficiente e tem que se apoiar em uma saga já
consolidada.
O que não
é de jeito nenhum o caso de Belo Desastre. Ele é um livro que parece e até é de
certa forma um clichê. É um romance, nada mais e nada menos. Mas tem uma história
muito bem desenvolvida que preenche suas páginas e você se perde e se encanta
na história. Eu acho que para todo esse “clichê” esse livro é uma grande
exceção, felizmente.
Eu sou
meio chata com o que eu leio, tenho até certo “preconceito” com livros narrados
em primeira pessoa principalmente se for pela mocinha. Acho que livros em
primeira pessoa deixam muito focados no narrador e nos perdemos naquele ponto
de vista. Um exemplo clássico é Dom Casmurro, mas isso nunca me incomodou a
ponto de me fazer largar um livro.
O que me
incomoda é que os livros narrados pela mocinha, que ultimamente são a grande
maioria, tendem, infelizmente, a ser muitos cheios de reclamações e as garotas
falam e pensam sem parar sobre seus sentimentos e tals, quando eu normalmente
quero ler a história, de fato.
Com toda a
sinceridade, eu acho esses livros tremendamente chatos. Esse foi mais um dos
motivos que me deixou meio desconfiada com esse livro, o que só preenche aquele
velho ditado de nunca julgar um livro pela capa, que aliás é linda.
Um
detalhezinho quase sem importância, o que me fez ler o livro foi a capa, que
achei linda, aquela borboleta aprisionada foi o que me fez decidir a ler o
livro. Queria saber o porquê dela estar dentro de um vidro, o que de fato, é
apenas uma alegoria de uma capa bonita para chamar a atenção, mas valeu a pena
porque me convenceu a ler o livro.
Esse livro
é completamente viciante, eu o li em um dia, o que é normal com livros que eu
gosto, mas esse eu li sem parar. É muito bem escrito que nos faz “entrar” nos
sentimentos da personagem, que aliás, ela não reclama na narrativa e sim narra.
Para os
que não sabem, esse é um novo gênero chamado new adult ou post adolescente
literature, são histórias para quem já é considerado legalmente adulto, mas ainda
não construíram uma “vida” no mundo dos adultos. Aparentemente é um mercado
lucrativo, enfim... As histórias desse gênero são de mocinhas não tão certinhas
e gente, o príncipe encantado fugiu, e os mocinhos que sobraram estão bem longe
de ser perfeitos. Eu particularmente gostei disso, estou saturada de mocinhos
perfeitos e mocinhas tão longe da realidade que me dá vontade de rir. E sim, eu
dei uma pesquisada, porque nem sabia que existia esse novo gênero.
Agora
vamos a resenha da história propriamente dita...
A Abby é
muito diferente das mocinhas que estamos acostumadas, ela é muito determinada,
a ponto de ser teimosa, e essa sua teimosia foi uma das poucas coisas que me
fez querer apertar seu pescoço. Ela desde o começo determinou que não seria
mais um número na cabeceira do Travis, o que pode se entender perfeitamente
levando em consideração o “histórico” de pseudo-relacionamentos do Travis, que
normalmente era resumido em uma noite e um até logo.
Belo
Desastre é uma das poucas histórias que o autor demonstra o desenvolvimento do
relacionamento, eles se conhecem e não se apaixonam só de olhar como em muitos
livros, sim, há de fato uma atração gigantesca entre eles, um estalo, mas eles
não se olham e caem de amores um pelo outro, o relacionamento deles se
desenvolve gradualmente, junto com a confiança mesmo com a Abby meio
desconfiada das intenções do Travis.
Apesar de
toda a atração que havia entre eles, a Abby estabeleceu ser “apenas amigos” e
ele concordou, o que depois se tornou algo que nenhum dos dois queria
ultrapassar porque no fim, os dois se tornaram amigos de verdades.
O Travis é
um personagem muito interessante, é o típico badboy mulherengo que apesar de
suas atitudes ainda tem mulheres aos pés deles, então ele dá pouco ou nenhum
valor a essa mulheres.
O
divertimento dele é lutar clandestinamente, forma que ele ganha dinheiro e se
diverte, isso na cabeça dele, claro. E esse fato junto com seu temperamento
explosivo e por vezes violento lhe rendeu a alcunha de “Cachorro Louco”.
E é então
que ele se encontra com a Abby. Em uma dessas lutas. Ela uma suposta garota
toda certinha e ele um badboy mulherengo. O que apenas demonstra que as
aparências enganam porque o Travis não era apenas um amontoado de músculos
enquanto a Abby não era a Srta. Certinha.
O Travis
tem uma reputação¸ que aliás depois mais atrapalha que ajuda. Até que ele se
encanta com a Abby, isso desde o princípio, imagino que seja outro clichê, mas
ele era tão assediado que ser rejeitado tornou-se um desafio que ele não pode
recusar.
A Abby
quer fugir de seu passado, quer se estabilizar de forma que ela nega completamente
a possibilidade de um relacionamento com alguém tão “instável” quanto o Travis.
Ela quer tanto um pretendente com essa estabilidade que teimosamente nega o
Travis. Ela não quer de jeito nenhum ficar com o mulherengo que luta
clandestinamente, na cabeça dela, isso apenas arruinaria a vida que construiu
depois que foi feita em cacos.
E o
Travis, bem, ele não quer de jeito nenhum que a Abby fique com os seus
“pretendentes” ele é ciumento e possessivo, não quer ceder a garota para outro
cara. Eles são amigos, sim, mas até a página 2, porque o Travis morre de ciúmes
da Abby e a Abby do Travis. A grande coisa é que ela não que ceder de jeito
nenhum. Ela quer porque quer um namorado estável, mas não quer abandonar “sua
amizade” com o Travis.
O
relacionamento deles é completamente louco se você encarar esse ponto de vista,
eles dependem muito um do outro, quase obsessivamente, na minha opinião. Tudo é
uma montanha russa, enquanto o relacionamento deles funciona tudo está bem, mas
quando começa a desmoronar tudo desmorona e incendeia junto. Usando novamente a
mesma palavra, o Travis era quase obsessivo com a Abby e com toda a
sinceridade, a Abby também era com ele.
Ela não
queria admitir que o queria, mas também não queria que ele estivesse com outra.
Não era exatamente a mais saudável relação do mundo.
Não posso
esquecer da melhor amiga da Abby, America que namora o melhor amigo do Travis,
Shepley, são personagens que apesar de serem secundários foram muito bem
elaborados e tiveram um bom destaque.
Não entrarei
mais em detalhes senão darei muitos spoilers, mas resumindo, esse livro me
surpreendeu de uma forma muito positiva. Os personagens são carismáticos e
muito bem trabalhados e aprofundados, tudo se encaixa perfeitamente e a
narrativa é maravilhosa. Não é um livro que vá te fazer pensar ou algo assim, é
um livro para relaxar. Afinal de contas é um romance.
Uma
curiosidade, a autora está escrevendo a história pelo ponto de vista do Travis
e isso é algo que eu realmente queria ler. Se chama Walking Disaster.
Eu adorei esse livro e a sua resenha! Amei <3 o personagem do Travis ele é um perfeito BadBoy ;D o final tinha uma coisas meio bizarras mais vamos dar um credito sim ! bju
ResponderExcluirOi, flor.
ResponderExcluirEu concordo com você, essas comparações são irritantes.
Mas, eu também gostei do livro.
Realmente a história é super "comum", clichê, não tem nada de mais, mas ela tem o incrível poder de te prender hehe
Eu gostei bastante do livro e estou esperando para conhecer os outros Maddox *-* hehe
Beijinhos!
http://fulanaleitora.blogspot.com.br
Oi, querida.
ResponderExcluirEu gostei da sua resenha, vc é super sincera.
Gostaria de ler o livro.
Beijos
http://marlicarmenescritora.blogspot.com.br/
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Eu li Belo Desastre da virada de ano, li super rápido e gostei bastante :}
ResponderExcluirEssas comparações com outros grandes sucessos deixa sempre um pouco a desejar, afinal e se eu não gostei por exemplo de Crepúsculo não vou gostar daquele que está sendo comparado.
^^
postitandscrapbook.blogspot.com.br