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22 maio 2014

22/05/2014 - (Resenha) Noites Italianas - Kate Holden


Nome do Livro: Noites Italianas, Nome Original: The Romantic, Autor (a): Kate Holden, Tradução: Carolina Caires Coelho, Editora: Novo Conceito, Páginas: 269, Ano: 2014

Hoje vamos conhecer Noites Italianas, que é o segundo livro lançado da autora Kate Holden. Nele podemos conhecer um pouco da história de vida da própria autora, pois ele é um relato autobiográfico de um período de sua vida.
"Ela veio à Itália em busca de três coisas: Roma, românticos e romance. Quatro coisas. Veio em busca de si mesma também." (p.14)
Após conseguir se livrar da prostituição e das drogas, Kate se tornou uma mulher muito insegura e aflita, então ela decide sair em busca de algo novo e começa essa busca se mudando para Roma, onde vive por um ano. Lá ela aluga um quarto no apartamento de Tom em troca de ajuda-lo na casa e é nele que ela fica até tomar a decisão de visitar Jack, que até o momento era apenas um conhecido, mas se torna o primeiro homem com quem ela se relaciona na história. Jack é um senhor casado que mora longe da esposa em consequência do cargo que ocupa na empresa em que trabalha, mas mesmo afirmando amar sua esposa Jack se relaciona durante um tempo com Kate. Durante o livro acompanhamos tanto a busca de Kate por sua identidade, como os seus relacionamentos amorosos e sexuais durante esse período, onde ela está decidia a encontrar seu verdadeiro eu, sem fingimentos e enganações.
 A autora Kate Holden, é uma australiana com 41 anos que antes de se viciar em heroína e se tornar uma profissional do sexo, se formou em Estudos Clássicos e Literatura na Universidade de Melburne e já teve que trabalhar em diferentes empregos como ser lavadora de pratos e modelo de cabelo para se sustentar.
Em seu primeiro livro, chamado “Na Minha Pele”, a autora falou um pouco de como foi sua luta para sair da prostituição e para se livrar da dependência das drogas, o que faz com que a leitura se torne muito densa. O mesmo já não ocorre com tanta força em Noites Italianas, pois nele nos é apresentado como Kate seguiu sua vida após o que foi narrado no primeiro livro, principalmente com relação ao sexo e aos homens.
O livro é todo narrado em terceira pessoa e isso foi bom e ruim. No inicio da história me senti muito incomoda com a narração, mesmo o livro sendo contado na visão da Kate, mas no recorrer do tempo percebi que ao fazer isso, a autora pode se envolver mais na história e se dedicar mais a ela, mesmo sendo baseada em fatos reais.
Cada capítulo é intitulado com o nome da pessoa com a qual Kate se relaciona durante o tempo que decorre ali sendo que todos estão relacionados por algum motivo.
Uma das situações que mais me marcou durante a leitura, foi que durante a busca de Kate para descobrir quem ela era de verdade, o fato de ser uma ex-prostituta faz com que ela sempre esteja sem saber se esta atuando ou não e isso a perturba durante muito tempo, tornando assim alguns trechos do livro não muito agradáveis. As cenas de sexo, na maioria das vezes são desnecessárias e quase mudam o foco da história, que é contar a vida da Kate.
Algo que não me agradou foi que a cada homem que a Kate se relacionava, ela contava o seu passado e para mim isso foge muito da realidade, pois não contamos facilmente nosso passado para apenas conhecidos, mesmo que se esteja relacionando sexualmente.
As descrições da Itália me encantaram de tão perfeitas. A autora foi muito detalhista com relação às localidades, culturas, comidas, nos fazendo apaixonar mais e mais pelo país.
A capa ficou muito bonita, pois nos mostra uma mistura de sentimentos, mas em minha opinião não encaixou em nada com a proposta do livro. Sem saber nenhuma informação sobre o livro, somente com a capa proposta e a sinopse da história, acreditava que se tratava de um romance erótico e não uma espécie de autobiografia. Já o titulo foi bem escolhido levando em consideração que é para Itália que Kate vai, em busca de uma nova vida, mas a frase de efeito na capa não combinou, pois não é a Kate que vai até os homens comprometidos e sim eles quem vão até ela, ou seja, a frase não tem nenhum sentido com a história.
A revisão e a diagramação foram muito bem feitas proporcionando uma confortável leitura, porém senti falta das traduções das falas escritas em italiano, pois a cada frase dita, tinha que encontrar a tradução o que atrasou a leitura, mesmo que o significado fosse compreensível, acredito que a tradução no pé da pagina é essencial.
Uma boa jogada da editora foi ter colocado o primeiro capitulo de “Na Minha Pele” o primeiro livro da autora no final de “Noites Italianas”, pois me instigou a ler.

Espero que gostem da leitura e quando lerem tenham sempre em mente que é baseado em fatos reis então nada será perfeito.


Renata

13 comentários:

  1. Pela capa também supôs que se tratava de um romance erótico e até ler a sua resenha não sabia que o livro era autobiográfico. Acho interessante o livro ter sido narrado em terceira pessoa, imagino que seria muito melhor ter uma visão direta da personagem-autora através da narrativa em primeira pessoa. Não é um gênero que me interessa muito mas fiquei curiosa para saber mais, ótima resenha!

    Beijo,
    Naty.

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  2. Não gosto muito de livro autobiográfico
    Não conhecia o livro tbm,muito chato ter que ficar procurando as traduções
    tbm acho que deveria ter as frases traduzidas

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  3. Noites Italianas parece conter uma história um pouco pesada, por causa do tom de autobiografia, suas confissões sexuais e busca da sua identidade.
    Acho que eu não iria gostar da leitura. Essas descrições super detalhadas me cansariam um pouco.
    Enfim, acho que não leria esse livro.

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  4. Apesar de não gostar de livros autobiograficos, fiquei interessada em ler esse. Gosto desse estilo de leitura, os traumas dela são realmente complicados. É um ato corajoso dela, expôr seu sentimentos assim tão intimamente. Quero esse livro...

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  5. Ai gente...que livro chato! Eu lá quero ficar sabendo dos trocentos homens que passaram pela vida dessa mulher? Sem contar que muitos detalhes torram a minha paciência...um livro desse é pra me tirar do sério! Tô fora! Aff!!

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  6. Olá, tudo bem?
    Não leio muito livros autobiográficos. Não pretendo ler esse livro, pois não me interessei pela história.

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  7. Sinceramente esse é um livro que não lerei. Não ter a tradução também foi um ponto em que só me afastou do livro.
    Vou deixar passar.
    Bjokas!

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  8. Livros Autobiográficos me atraem muito. Curioso foi o fato da autora ter escolhido escrever em terceira pessoa. A capa é bem interessante, apesar de eu achar que as fontes escolhidas foram bem aleatórias. Sobre a tradução do italiano, acho essencial que o próprio livro as contenha, já que é muuuito fora de mão você ter que buscar informações fora, parando a leitura toda hora.

    Resenha excelente Rê!

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  9. Não sei se leria. Não curto livros autobiográficos.
    Parece até ser interessante, mas acho que não teria mesmo paciência pra ler.

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  10. Não gosto muito de autobiografias, elas nunca me chamam muita a atenção, por isso não leria.

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  11. Não me interessei pelo livro,quem sabe mais pra frente eu me interesse.

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  12. Que vida a autora passou, não é a toa que escreveu dois livros contando tudo o que aconteceu em seus piores dias, um relato verdadeiro de como nossas vidas pode mudar de cabeça para baixo por um erro ou um deslize, seja as drogas ou qualquer outra coisa, não sabia que era baseado na vida da mesma, uma autobiografia chocante e real, as descrições dos locais deve tornar a leitura mais fácil por nos ajudar a entrarmos de vez na história, mesmo não sendo totalmente positiva, sem dúvidas merece a leitura.

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  13. Esse livro parece ser bem intenso...
    Foge um pouco da minha "zona de conforto" de leitura, mas leria com certeza!
    Bem bonita a capa também!

    Beijinhos
    Sou eu... Pri!

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