Boa tarde pessoas !! Primeiramente
venho me desculpar pelo meu sumiço semana passada, mas tava (e ainda tô) super
apertada com o trabalho e a faculdade.
Hoje trago para vocês as novidades da
Cia das Letras.
Em 1993, o grupo
norte-americano Nirvana fez uma única e célebre apresentação no estádio do
Morumbi, em São Paulo. Um estudante de dezoito anos, guitarrista de uma banda
de rock e cumprindo o serviço militar em Porto Alegre, precisa decidir se foge
do quartel - o que o levaria à prisão - para assistir ao show ao lado da
primeira namorada.
A escolha ganha
ressonâncias inesperadas à luz de fatos das décadas seguintes. Um deles é o
suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana, que chocou o mundo em 1994. Outro é
o genocídio de Ruanda, iniciado quase ao mesmo tempo e aqui visto sob o ponto
de vista de uma garota, Immaculée Ilibagiza, que escapou da morte ao passar 90
dias escondida num banheiro com outras sete mulheres.
Focado nos anos
1990, A maçã envenenada é o segundo volume da trilogia sobre os
efeitos individuais de catástrofes históricas iniciada com Diário da queda, cuja ação
central se dá nos anos 1980. Como no volume anterior, Michel Laub aborda o tema
da sobrevivência usando os recursos da ficção, do ensaio e da narrativa
memorialística, numa linguagem que alterna secura e lirismo, ironia e emoção no
limite do confessional.
No sutil
entrelaçamento de seus temas, que evocam as particularidades de universos tão
opostos quanto o mundo da música e um quartel, este é um livro sobre paixão:
por uma pessoa, por um ídolo, por uma ideia, por uma época. E também pela vida,
embora esta sempre cobre um preço de quem escolhe - quando se trata de uma
escolha - experimentá-la com intensidade.
Filha de um imigrante turco
estabelecido no sul do Brasil, Fátima - uma jovem fotógrafa - vai viver na
Turquia. Lá se envolve com um artista performático de intenções duvidosas e com
um autor de guia de viagens francês, divorciado, com uma história emocional
difícil e acidentada.
Paralelamente a isso, o pai de Fátima retorna pela primeira vez ao seu país natal para reencontrar a filha - mas não a encontra. Empreende então uma busca infrutífera pelas ruas da grande metrópole turca. A procura não rende frutos. E a busca pela filha se torna, aos poucos, a busca pela própria identidade de um homem encerrado entre passado e presente. O sumiço de Fátima encerra outros mistérios, e não só para o pai dela.
O inexplicável e o não dito são
habilidosamente trabalhados nesta estreia em romance de um dos mais talentosos
contistas brasileiros contemporâneos. Barreira é mais um
título da coleção Amores Expressos, em que alguns dos melhores autores
brasileiros escrevem histórias de amor em ambientes como Dublin, Tóquio, Lisboa
e São Petersburgo.
Publicado em 1934, mesmo ano em que
Carlos Drummond de Andrade deixaria Belo Horizonte em direção ao Rio de Janeiro
- onde desempenharia funções no ministério de Gustavo Capanema -, Brejo
das Almas traz um conjunto consistente - e hoje perene - de poemas.
Antecedendo o registro mais político e social de Sentimento do mundo e A rosa
do povo - publicados na década de 1940 -, este livro mostra um Drummond
interessado nos mistérios de eros, observando as engrenagens do amor e do
desejo com uma ironia autodestrutiva e uma nonchalance tipicamente
modernista.
Enfileirando clássicos drummondianos
como “Boca”, “Soneto da perdida esperança”, “O amor bate na aorta” e “Hino
nacional”, entre outras pedras de toque do nosso modernismo, Brejo das
Almas tem a particularidade de trazer, pela primeira vez na obra do
poeta mineiro, um soneto - algo que as hostes modernistas rechaçaram de forma
enérgica. Mais uma demonstração de ironia e espírito livre deste grande poeta.
No descompasso entre seus desígnios
juvenis e as rígidas regras do Bom Gosto e do Bom-tom que balizam a velha Nova
York no fim do século XIX, está o abastado advogado Newland Archer. Prestes a
se casar com a inocente May Welland, ele conhece a prima de sua noiva, a
condessa Olenska.
Apaixonado por ela e exasperado pelas
restrições do mundo a que pertence, Archer vagará em busca da verdadeira
felicidade ao mesmo tempo que procura amadurecer, imerso nas tradições que se
vê obrigado a seguir.
“Um estudo das complexas e íntimas relações entre coesão social e crescimento individual”, como destaca na introdução Cynthia Griffin Wolff, ensaísta e especialista na obra da autora, A época da inocência é um olhar generoso para o passado; com maturidade, Wharton busca compreender os valores que guiaram a sociedade dos Estados Unidos até a Primeira Guerra Mundial, para então saudar a nova era que estava começando.
Com ecos do herói Christopher Newman,
de O americano, de Henry James, e da trama de Anna
Kariênina, de Tolstói,A época da inocência foi adaptado para o
cinema em 1993 por Martin Scorcese.
No início da década de 1970, em plena
ditadura militar, diversas associações comunitárias se estabeleceram nos
bairros mais distantes e carentes de São Paulo. Seu objetivo imediato era
representar os interesses de moradores ameaçados de despejo por ocuparem
terrenos supostamente invadidos. Capangas contratados por empresas e
particulares inescrupulosos tornavam nulos os contratos e prestações honrados
com enorme sacrifício por centenas de chefes de família. Marginalizadas por um
emaranhado jurídico especialmente planejado para confundi-las, essas pessoas
passaram a lutar por seus direitos com as armas de seus piores inimigos: a lei
e a Justiça.
Cidadania insurgente reconstitui a história dos movimentos comunitários responsáveis
pelas modalidades de participação democrática que vêm transformando
profundamente a sociedade brasileira. Para refazer essa trajetória, James
Holston, professor de antropologia na Universidade da Califórnia (Berkeley),
explica os processos formadores da sociedade brasileira desde o período
colonial até a atualidade, apontando os instrumentos empregados pelas elites
para assegurar sua dominação política e econômica, e expondo a natureza ao
mesmo tempo inclusiva e desigual de nossa cidadania.
O autor expande a análise até as
origens do Estado, construindo um autêntico tratado histórico-sociológico sobre
as contradições da modernidade no Brasil.
Vida – Paulo Leminski
Quando a Companhia das Letras lançou Toda
poesia, em fevereiro de 2013, alguns dos livros ali reunidos – como Caprichos
e relaxose Distraídos venceremos - estavam fora de
catálogo e vinham sendo procurados pelo amplo público leitor de Paulo Leminski
há mais de dez anos. Entre diversos fatores que vão da genialidade inovadora de
sua obra à simpatia em torno de sua figura, essa lacuna foi determinante para
que o volume assumisse rapidamente uma posição de destaque em todas as listas
de mais vendidos do país, feito inédito para um livro de poesia.
Fenômeno semelhante ocorre com as
quatro biografias que Leminski escreveu para a Coleção Encanto Radical ao longo
da década de 1980; livros como Bashô - a lágrima do peixe são
hoje raridades nos sebos, e agora voltam ao mercado com a reedição de um volume
único, publicado pela primeira vez em 1990 pela Editora Sulina, conforme desejo
expresso pelo próprio autor: “Com os três livros que publiquei, Cruz e
Sousa, Bashô, Jesus e o que agora estou
escrevendo sobre Trótski, quero fazer um ciclo de biografias que, um dia,
pretendo publicar num só volume, chamado Vida.”
Sob o olhar poético e apaixonado de um
mesmo admirador, essas quatro trajetórias aparentemente desconexas ganham novas
dimensões, criam elos e se complementam, em comunicação permanente com a vida e
a obra de seu biógrafo. Trótski é visto como um homem de letras, autor do “mais
extraordinário livro sobre literatura” já escrito por um político. Cruz e Sousa
é personagem central de um movimento que Leminski chama de “underground” e que
muito o influenciaria: o simbolismo. Bashô, antes de se tornar pai do haikai,
foi membro da classe samurai. E Jesus é um “superpoeta”.
Enquanto traz à tona lados
surpreendentes de quatro de seus heróis, Leminski revela muito de si mesmo, tão
múltiplo e fascinante quanto os biografados, e fornece a seus fãs, em
narrativas aliciantes e cheias de estilo, uma gênese de suas principais
influências.
“Por incrível que pareça, havia um
pouco de Cruz e Sousa, Bashô, Jesus Cristo e Trótski em Leminski. E dele
neles.” - Ruy Castro
“A opção visceral de Leminski seria
justificada quando publica, nos anos 1980, quatro biografias como forma de
‘pedir providências’ e apontar como a vida poderia/deveria se manifestar
através de uma radicalização política da arte como experiência.” - Manoel
Ricardo de Lima, O Globo.
“Evoé Leminski!” - Haroldo De Campos
“Tarefa duríssima, ninguém duvida,
responder quantos Leminskis cabem num só Leminski.” - Wilson Bueno
“Não fazia média com ninguém, nem com
ele mesmo. ‘Na vida ninguém paga meia’; na poesia também não. Leminski pagou e
recebeu inteira. A multiplicidade de tarefas, de línguas, de gêneros, de
veículos em que ele circulava deixa, paradoxalmente, a lembrança de uma
inteireza: a integridade de uma vocação de poeta que ele, obstinadamente,
cumpriu.” - Leyla Perrone-Moisés
Meu nome é vermelho - Orhan Pamuk
Narrativa policial, um amor proibido e
reflexões sobre as culturas do Oriente se reúnem neste livro. Estamos em
Istambul, no fim do século XVI. Para comemorar o primeiro milênio da fuga de
Maomé para Meca, o sultão encomenda um livro de exaltação à riqueza do Império
Otomano.
Na tentativa de afirmar a superioridade do mundo islâmico, as imagens do livro deveriam ser feitas com técnicas de perspectiva da Itália renascentista. As intenções secretas do sultão logo dão margem a especulações, desencadeando intrigas e o assassinato de um artista que trabalhava no livro.
Ao mesmo tempo, desenrola-se o caso de
amor entre Negro, que volta a Istambul após doze anos de ausência, e a bela
Shekure. Construída por dezenove narradores - entre eles um cachorro, um
cadáver e o pigmento cuja cor dá nome ao livro -, a história surpreende pela
exuberância estilística, que reflete o encontro de duas culturas.
“Surpreendente... belo... cativante...
repleto de sublimidade e pecado.” - Richard Eder, The New York Times
Book Review
“O principal
romancista de seu país... Sua eminência exala singularidade.” - John Updike, The
New Yorker
“Comovente e persuasivo. Intensamente contagiante. Um feito extraordinário.” - Dick Davis, The Times Literary Supplement
Separados – Pauline Alphen
No aniversário de treze luadas dos
gêmeos Jad e Claris, o castelo de Salicanda estava em chamas. Por sorte, Jad
conseguiu escapar do incêndio junto com seu amigo Ugh. E Claris, que tinha
saído de casa, retornou a tempo de presenciar a catástrofe, mas não de
encontrar Jad.
Pela primeira vez separados naquele
mundo quase medieval, sem tecnologia mas permeado de magia, no segundo volume
da série Crônicas de Salicanda os gêmeos trilham caminhos diferentes, sem saber
se um dia se reencontrarão.
Enquanto Jad entra em contato com
vibrações, cores e sons até então desconhecidos, Claris peregrina por cavernas
e florestas e aprende uma nova forma de comunicação.
Assim, cada um a seu modo, eles dão início ao
aperfeiçoamento de seus talentos e se distanciam cada vez mais daquele tempo
chamado infância.
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