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27 agosto 2013

(Na Escrivaninha com o Autor) Lu Piras


 Olá para todos... Hoje eu vou falar de uma escritora incrivel que até então só conheci através de seus livros e do facebook... Ainda fico na expectativa do dia em que ela virá em algum evento aqui em BH. mas enfim, a distância não importa. O que importa é ela continuar escrevendo livros maravilhosos que encantam a todas as pessoas. A autora que entrevistei foi a fofa da Lu Piras, autora de Equinócio, Polaris e A Última Nota, este último já com resenha aqui no blog (link)


Fanpage:  https://www.facebook.com/pages/Equinocio-a-Primavera
Skoob: http://www.skoob.com.br/autor/7968-lu-piras
Twitter: @LuPiras80
Facebook: https://www.facebook.com/lupiras80

1 (Alice) Boa tarde !! Será que você poderia falar um pouco sobre você? Utilizando a famosa frase de “O mundo de sofia” – Quem é você?
Boa tarde, Alice e leitores! O meu mundo é a literatura e eu procuro ser um pouco de tudo o que me cerca. Como escritora, me tornei mais introspectiva (do que sempre fui, rs) e atenta aos detalhes. Sinto uma necessidade cada vez maior de observar. Sou aquela pessoa que vai te ouvir muito mais do que falar. Sempre fui sensível, romântica e sonhadora, mas acredito que esse meu lado aflorou mais por causa dos livros.

2 (Alice) Como foi o processo de escrita de A Última Nota, que você escreveu juntamente com o Felipe Colbert ?
Escrever em parceria funcionou super bem para mim e para o Felipe. Foi uma troca e um aprendizado em conjunto, em que a narrativa foi construída com liberdade mas dentro de alguns parâmetros técnicos que conferiram mais agilidade e objetividade à leitura. Por isso, os leitores que pegam em “A Última Nota” para ler, deve estar alertados de que precisam reservar as próximas três horas do seu dia só para ele, pois não dá para largá-lo antes de chegar ao fim.

3 (Alice) Como é escrever um livro junto com outro escritor?
Experiência maravilhosa. Eu e o Felipe tivemos um excelente entrosamento, mergulhamos de cabeça no nosso projeto e adicionamos nossos talentos um ao outro.

3 (Alice) Qual foi O livro que marcou a sua vida e que te fez virar escritora?
“O Diário de Anne Frank” me marcou muito, pois o li na adolescência, com a idade de Anne. Histórias verídicas sempre nos dão uma percepção diferente da realidade (sob a perspectiva do autor, ainda mais). E a realidade das guerras sempre mexeu muito comigo, tanto que meu primeiro romance (não publicado), escrito aos quinze anos de idade, passa-se durante a Guerra da Criméia. De certo modo, eu já era uma escritora naquela época. Precisei me focar nos estudos e minha vida se desviou desse caminho, mas, como não podemos fugir ao destino, encontrei o ponto de partida quinze anos depois e aqui estou.

4 (Alice) O que te inspira escrever?
Como introduzi na pergunta um, me antecipando, tudo ao meu redor me inspira. Estou atenta a todos os sons e todas as cores. Minha escrita tende para o lírico, por causa disso. Por que busco esmiuçar o que nossos olhos veem, mas muitas vezes não percebem. Acho que a literatura tem um papel importante nisso, em aproximar o leitor de uma realidade paralela (que seja o mais verossímil possível). Quando eu preciso me concentrar e é difícil me ausentar do mundo exterior, coloco os fones do IPod no ouvido e ouço as músicas que selecionei para a trilha sonora do livro que estou escrevendo no momento. A música é, sem dúvida, a inspiração que tira os meus pés do chão.

5 (Alice) Tem algum personagem que você criou, que foi baseado em alguma pessoa próxima a você e que no decorrer da história acabava tendo as maneiras e comportamentos da pessoa?
Sim. Todos os personagens carregam traços, maiores ou menores, de uma ou mais pessoas que conheci. Na verdade, não há um personagem que seja exatamente igual a uma determinada pessoa que conheci, pois eles ganham vida própria no papel e à medida que a história acontece, moldam sua personalidade.

6 (Alice) Será que você liberaria um trechinho do seu novo livro para a gente?
Meu último livro a ser lançado em setembro pela Dracaena Editora é o segundo volume da série Equinócio, chamado “Polaris – o Norte”.
Bem, vou liberar mais que um trechinho, só por que é para você, Alice! 

“Desperto com seus olhos debruçados sobre os meus. Quando consigo me desviar deles, percebo que dormi sobre sua asa direita. Suas plumas sedosas servindo de colchão e travesseiro, seu braço forte e leve me cobrindo pela cintura, seu peito amparando as minhas costas cobertas pelo tecido fino da roupa. O vestido secou, mas o cheiro do sal ainda perdura na pele. Eu continuo voltada para ele, ainda deitada na sua asa. Quando me apercebo que o dia amanheceu, levanto-me depressa, e ele se levanta em seguida. Com o sol nascendo por trás dele, as asas se estendem largamente e, depois de inclinarem-se ligeiramente para frente, começam a se recolher, formando um arco branco e luminoso sobre os ombros. Eu diria que esta foi a sua forma de se espreguiçar. Estamos encostados à grade do mirante. Os primeiros raios de sol do novo ano brilham no mar, produzindo um dançante efeito porpurinado à ondulação monótona. Ao inspirar a brisa, sinto também o aroma dos seus cabelos, que esvoaçam tocando meu rosto.  Por que passou a noite comigo? pergunto.
  Saudade.
 Meu coração dispara no peito, e fico receosa que ele possa ouvir. Certa vez um anjo pediu-me para ensiná-lo o significado da saudade. Mas como esquecer o momento em que me disse que saudade é uma ilusão?  Ah, agora sabe o que o sentimento significa? Já não é uma ilusão para você?
  Clara, você me ensinou a sentir saudade.”

7 (Alice) Você se aventuraria em um estilo diferente dos livros que já publicou? Se sim qual é o gênero que mais te chama atenção e por quê?
Já estou me aventurando. Continuo no gênero de romance, mas agora resolvi deixar o sobrenatural um pouco de lado e explorar apenas o romance. É o gênero que, neste momento, mais me atrai. Depende muito da fase pela qual estamos passando, acredito. Eu agora quero me aproximar ainda mais do leitor.

8 (Alice) Que autores você gosta de ler? Tem algum outro autor com o qual goste de trocar ideias?
Leio de tudo e estou sempre conhecendo novos autores e me encantando com suas narrativas. Sou fã de Khaled Hosseini, Machado de Assis, Virginia Woolf, Clarice Lispector e Cecília Meireles. Troco ideias diariamente, não apenas com autores, mas com leitores também. E é com os leitores que mais aprendo.

9 (Alice)Para terminar nossos entrevista, vamos as perguntas rápidas.
Um sonho: Que o mercado editorial brasileiro crie uma estrutura que comporte a quantidade de autores nacionais de qualidade que nós temos.
Um objetivo: Fazer da literatura a minha única profissão.
Uma cor: Vermelho
Um animal: Cachorro
Um desejo realizado: Ter publicado “Equinócio – a Primavera” com a ajuda do público.
Uma comida: Strogonoff de frango
Uma frase: “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.” (Clarice Lispector)
Uma Musica: “Everything I do, I do it for You”, Bryan Adams.
Uma mensagem sua: Aos queridos leitores do “Louca Escrivaninha”, quero agradecer o carinho e a companhia durante essa entrevista. Vocês sabem onde me encontrar nas redes sociais. Estou sempre a procura de novos amigos literários. A você, querida Alice, muito obrigada pelo convite para conversarmos sobre literatura.
Espero que nos encontremos nos eventos, nas feiras, nas livrarias. Estarei onde vocês estiverem. Para quem ainda olha com receio para a literatura nacional, procure um livro, experimente. O autor nacional espera por vocês!

2 comentários:

  1. Adorei conversar com você, Alice!

    É sempre um prazer ter esse contato com os leitores.

    Muito sucesso para esse blog lindo! *-*

    beijocas,

    Lu

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  2. Bela entrevista.Terminei ontem de ler A Última Nota,e posso dizer que é incrível. Parabéns!

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