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09 julho 2013

(Na Escrivaninha com o autor) Janaina Rico

Foto -Janaina Rico

Borá a mais uma entrevista aqui do blog, agora com Janaina Rico, que já teve três livros lançados, e tem outro a caminho. Com seu bom humor e jeitinho ela respondeu todas as perguntas e ainda liberou uma palhinha do seu mais novo trabalho, que por sinal tem uma das capas mais românticas que eu vi esse ano.

     

Twitter: @Janaina_rico

1 (LE) Bom dia!! Pode nos apresentar um pouco sobre quem é Janaina Rico?
(JR) Bom, tenho 34 anos, nasci em Brasília, sou casada, tenho um filho adolescente, sou louca por chocolate e meu maior vício é em livros. Quero todos!
2 (LE) Em Apimentando você escreveu sobre Luciana Teixeira, uma sexóloga super famosa em nosso país, que dá altos conselhos, escreveu um livro que chegou a ser best-seller, mas sua vida conjugal é uma total bagunça. O que te levou a criar a Luciana?
(JR) Bom, o Apimentando é um livro que me envolvi muito na escrita dele. Eu queria muito falar sobre as mentiras que as pessoas contam para viver melhor. Sabe aquela coisa do "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"? Eu coloquei no papel a vida de muitas pessoas que se dizem felizes e realizadas, mas no fundo são deprimidas, tristes, por não assumirem seus desejos. Acho que se a própria Luciana seguisse os conselhos que ela dá em seus livros, a sua vida conjugal não seria tão ruim.
3 (LE) Você foi a primeira autora a escrever chick-lit no Brasil. Por que esse tipo de livro, de certa forma é considerado livro para mulheres depois dos 30?
(JR) Acho que as mulheres antes do 30 ainda buscam um sonho impossível, um príncipe encantado em um cavalo branco. E o chick-lit costuma desconstruir esse sonho. Geralmente as protagonistas quebram a cara, conhecem homens que não são tão legais e se metem em muitas roubadas até chegar o final feliz. E depois dos 30 queremos dar mais risadas para evitar as rugas! Contudo, acho que o chick-lit deveria ser lido por homens e mulheres que querem amar. Afinal de contas, dos livros surgem boas ideias.
4 (LE)  Em Cartas para um pai, seu mais  novo lançamento previsto para chegar às lojas na Bienal do Rio 2013, você nos apresenta Juliana uma jovem grávida. De onde surgiu a ideia de falar de um tema tão complicado?
(JR) Bom, a Juliana é irmã da Clara. Eu já tinha uma noção do que iria escrever para ela. E, numa tarde em João Pessoa, olhando o mar, passou uma jovem grávida por mim, que me fez vir a inspiração necessária para o livro. Em algumas horas conclui todas as cartas. Depois fui fazendo os ajustes. O tema é muito bonito, a vida de uma gestante que resolve ser mãe solteira. Todas as dúvidas e angústias de uma gestação. Me emocionei muito com ele.
 5 (LE) Tanto em Ser Clara e Apimentando, você nos mostra mulheres fortes, cheia de vida, que mesmo com os percalços do caminho ainda continuam lutando pelo direito de ser feliz e independente. Através dessas mulheres você gostaria de mandar uma mensagem eu seu público leitor?
(JR) Que temos que ser fortes. Muitas vezes a vida parece que quer nos dar uma rasteira, mas na verdade só quer nos tornar mais felizes. É impossível não ter uma pedrinha aqui, outra pedrinha ali no meio do caminho. Mas temos que ir chutando-as, deixando o nosso caminho lindo e dourado. Acredito na energia das pessoas e das coisas, e isso tento passar nos meus livros. Positividade sempre!
 6 (LE) Em Ser Clara você nos apresenta a jovem Clara, que vive em uma quitinete, e o livro mesmo abordando tema importante não perde sua leva ou sua comédia, qual foi a sensação de chegar aos 15 mil exemplares vendido com esse livro. 
(JR) A Clara foi a realização de um sonho. Eu queria muito escrever um livro, quando ainda tinha 20 e poucos anos. A primeira edição dele foi lançada em 2009 e de lá até aqui muita coisa aconteceu. Não tenho a certeza dos números, afinal de contas foram duas editoras e o escritor não é quem cuida dessa parte de vendas, mas saber que um montão de gente leu e curtiu as aventuras daquela maluquinha realmente me deixa muito feliz. Ano que vem lançarei o Ser Clara 2, e espero que ele tenha a mesma repercussão.
 07 (LE) Tem algum personagem que você criou, mas você não gostou e nem ele de você?
(JR)  Não... Sou apaixonada pelas minhas criaturinhas. Quando estou escrevendo convivo muito tempo com os personagens. Então é melhor a gente se dar bem! (risos)
08 (LE) A Janaina não seja mau com seus leitores, vai liberar um trechinho do seu novo livro para a gente?
(JR)  Em primeira mão, libero a primeira das cartas do livro!
“Querido Anderson,
Em primeiro lugar, sei que você deve estar surpreso com a carta. Sei que em tempos de e-mails e sms, o papel e a caneta estão fora de moda. Mas como você bem sabe (ou não sabe tão bem assim), sou uma menina à moda antiga. Meus gostos por coisas mais velhas não se resumem a filmes e músicas. A minha forma de comunicação com pessoas que moram longe ainda é pela correspondência postada nos Correios.
Fico imaginando o que vai se passar na sua cabeça quando vir o envelope na sua caixa de correspondência. Alguma coisa do tipo: “que legal, a menina doidinha de Brasília me mandou um bilhetinho engraçado, com notícias interessantes”, ou então “será que ela está me mandando alguma coisa erótica e romântica ao mesmo tempo?”. Pelo que convivemos naqueles dias em João Pessoa, o esperado é que minhas linhas sejam recheadas de bom humor, como costumam ser minhas palavras e ações. Mas temo que você não fique tão satisfeito assim com a notícia que tenho para te dar.
Antes de mais nada, preciso te dizer que adorei te conhecer. Foram 30 dias de muita alegria, e que tenho certeza que o universo queria que nossos caminhos se cruzassem.
Acredito na energia das almas. As nossas precisavam ser colocadas no mesmo plano – de paixão e desejo – para que vivêssemos o que o astral tinha reservado para nós.
Além de noites de sexo maravilhoso, com muito carinho e cumplicidade, e uma amizade que prometemos a nós mesmos que duraria para toda a nossa existência, a minha ida à sua cidade nos rendeu mais frutos (na verdade espero que seja fruto – no singular – porque já é demais para a minha cabeça) que poderíamos esperar.
Não tenho como usar meias palavras.
Estou grávida.
Calma.
Respire.
Não entre em desespero. Não é tão ruim quanto parece. Tivemos uma ou duas conversas sobre crianças e vontade de ter filhos, e acho que deu para você captar que sempre desejei ter um bebê. Você se lembra daquela noite em que estávamos muito bêbados e que te contei que morri de inveja da minha amiga quando ela ficou gestante ainda no Ensino Médio? Pode ser que você não se lembre, afinal de contas tínhamos fumado maconha e bebido muito, mas eu te falei.
Bom, dizendo assim pode até parecer que te dei um golpe e premeditei a gravidez, mas juro que não foi. Nós utilizamos preservativos, mas fiz pesquisas e descobri que há possibilidade de engravidar mesmo assim. É raro, mas pode acontecer. Sendo assim, é mais um motivo que me leva a crer que estávamos predestinados a viver isso. O preservativo tem 99% de eficácia. Nós fazemos parte de 1% das estatísticas.
Fique tranquilo. Não quero nada com você e nem de você. Vou assumir sozinha esta criança. Confesso que a primeira ideia que me passou pela cabeça foi de aborto, mas na mesma velocidade que ela veio, foi embora. Acredito que algum motivo deve existir para que tenhamos um filho, e não sou eu que vou lutar contra a natureza – mais valente que a camisinha.
Acredito muito que as coisas acontecem no exato momento em que devem acontecer. As energias do universo conspiram para que tudo dê certo, e não podemos influenciar muito no destino traçado para nós. Conhecendo-nos ou não, somos os geradores da vida de um ser humano que está crescendo em mim.
Apenas fico triste de a gente se conhecer tão pouco. Não sei exatamente o que vou esperar que meu filho puxe de você, da sua genética... Não sei se você tem transtornos mentais ou doenças degenerativas. Da mesma forma que não sei se existem gênios na sua família ou esportistas de elite. Antes de fazer sexo com uma pessoa deveríamos perguntar esse tipo de coisa, né? Um mistério se desenrola na minha frente.
Ainda sei muito pouco do que o futuro me reserva. Mas a verdade é que nunca teremos controle absoluto do que virá.
A vida nos prega peças e precisamos aprender a lidar com elas. Nada é fácil nem difícil nessa vida.
Apenas vive-se.
Espero profundamente que você não fique triste com a notícia e que aqueles nossos planos de sermos amigos por toda a eternidade continuem de pé.
Mais que nunca teremos um assunto para conversar.
Será que posso considerar este como o meu primeiro dia das mães?
Com carinho,
Juliana”
 09 (LE) Você foi a fundadora do projeto Eu leio Brasil, que hoje já conta com o apoio de vários autores pelo pais, o que levou a criar esse projeto? E qual é o objetivo dele?
(JR) Criei o projeto por sentir uma enorme dificuldade em encontrar livros brasileiros para comprar. Queria ler os meus colegas, mas a única maneira de encontrar os seus livros era pela internet. Então notei a dificuldade de colocar livros brasileiros nas estantes das livrarias. O objetivo é mostrar para editoras e livrarias que nós queremos sim ler livros de escritores brasileiros. Gostamos de livros estrangeiros, mas também gostamos dos nacionais. Queremos ter o direito de escolha.
 10 (LE) Você se aventuraria em um estilo diferente dos livros seus já publicado? Se sim qual é o gênero que mais te chama atenção e por que ?
(JR) Ah, não me arriscaria... Só consigo escrever para mulheres. Mesmo os meus livros infantis são para meninas. Acho os homens muito nebulosos. E essa coisa de escrever sobre vampiro, lobisomem e outros mundos não combina comigo. Eu já não bato muito bem da bola, se sair da realidade enlouqueço de vez! Melhor me deixar quietinha, no chick-lit!
11 (LE) Que autores você gosta de ler? Tem algum outro autor com o qual gosta de trocar ideias?
(JR) Bom, amo a Martha Medeiros. Estou cada dia mais fã da Paula Pimenta. E tem a musa internacional Marian Keys. Troco ideias com muitos escritores. Graças a Deus tenho bons amigos. E tem as minhas conselheiras Tammy Luciano, Vanessa Bosso, Mallerey Cálgara... Ih, se eu for falar todo mundo aqui ninguém mais vai ler a entrevista.
 12 (LE)Para terminar nossos entrevista, vamos as perguntas rápidas.
Um sonho: Ver meus livros em todas as livrarias do país
Um objetivo: Chegar a 100.000 exemplares vendidos
Uma cor: Vermelho
Um animal: Cachorro
Um desejo realizado: Viver da literatura
Uma comida: Chocolate
Uma frase: Você é capaz!
Uma Musica: Parabéns pra você (resume tudo o que você quer dizer para uma pessoa no dia do aniversário dela)
Uma mensagem sua: Ah, me segue no twitter, galera! @Janaina_rico... E leiam os nacionais!
Então gente essa foi a entrevista que o blog, realizou com a autora Janaina através de um bate papo do Facebook, super-receptiva ela respondeu todas as minha perguntas, com maior carinho e paciência e ainda nós brindou com uma surpresa que logo logo eu vou colocar aqui no blog, então aguarde em! 

5 comentários:

  1. Entrevista bem bacana!! Sempre excelente conhecer novos escritores e principalmente, devo concordar com a posição da Janaina: LEIAM OS LIVROS NACIONAIS!! rs

    Beijos

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  2. adoro essas entrevistas, não conhecia a autora, gostei de alguns livros dela, fiquei curiosa com essa surpresa :)

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    Respostas
    1. A Priscila, ficou muito feliz que esteja gostando das entrevista, acho elas bem importantes para conhecer mais os autores e suas obras.

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  3. Jana flor,como sua fã penso que é muito importante saber mais sobre você,Adoreii a sua entrevista,Torço pelo seu sucesso,ainda vou ver os seus livros Chegar a 100.000 exemplares vendidos,Uhuuuuuuu....Te sigo no Twitter segue de volta?Rs......

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