(Resenha) Freud Me tira dessa - Laura Conrado

Freud, me tira dessa! – Laura Conrado – 2ª Edição, 239 páginas, 2012 – Novo Século
Sinopse: Freud, me tira dessa! narra a história de Catarina, uma jovem que passa a morar sozinha em função do novo emprego. Dona de uma vida amorosa catastrófica e disposta a rever suas escolhas, Cat busca ajuda na psicoterapia. Como se não bastasse o dolorido processo de conhecer a si mesma e de adentrar na relação com seus familiares, Catarina se apaixona pelo terapeuta. No auge de sua angústia, a personagem recorre ao pai da Psicanálise para sair dessa. Por meio das confusões de Cat, é possível não simplesmente rir, mas também se identificar com a profunda trajetória de autoconhecimento e aceitação da própria história.

Freud, me tira dessa! É o livro de estréia da autora Laura Conrado na literatura chick-lit, e através dele ela ganhou o Prêmio Jovem Brasileiro 2012 na categoria Literatura. Logo no início deste ano, o blog organizou o evento "Livros, paixão sem fronteiras" e todas tivemos a oportunidade de conhecer a autora, porém devido a fila imensa de livros que todas tinhamos para ler só foi possivel ler o livro recentemente, (por ocasião do lançamento de outro livro da autora, desta vez voltado para o público infanto-juvenil "Freud Me Tira Dessa, Só Gosto de Cara Errado") para cada uma foi uma experiência diferente a leitura, e para mim, que faço terapia desde pequena, a identificação com o livro foi imediata.

A protagonista Catarina é uma jovem de 23 anos, recém formada em administração, que está tentado consolidar seu emprego, ela tem muita motivação e várias idéias para fazer um bom serviço, mas nunca consegue ser notada pelo chefe. Os problemas do trabalho a parte, sua vida amorosa é meio inconstante, ela tem um azar para namorados e paqueras e ao iniciar a leitura vemos que seu mais recente namoro já está indo por água abaixo.

A narrativa em primeira pessoa utilizada pela autora faz com que as pessoas se identifiquem com a Cat, seja em seus momentos sozinha, seja durante as sessões de terapia que ela começa a fazer, onde você acaba por se pegar analisando não só a vida da personagem, mas também a sua própria, seja na área profissional, amorosa e até mesmo na área familiar, pois Catarina tem problemas com a irmã mais nova e sente que os pais tem uma predileção maior por ela, deixando Cat com uma sensação de abandono.

Os chiliques que a personagem tem são as partes mais engraçadas do livro, é possivel reparar isso acontecendo dentro da cabeça dela, com as pessoas que convivem com ela e até mesmo quando ela desenvolve uma paixão platônica pelo psicólogo, pois ela se arruma toda para as sessões (quando vou no meu analista, eu particularmente, nem reparo que roupa que eu visto, e todas as minhas sessões são interessantes, pois além de fazer a terapia e as vezes ter uma ou outra crise, durante as sessões eu também me divirto muito com o meu analista que é uma pessoa incrível e muito engraçada, considero ele um grande amigo).

Uma coisa interessante que podemos ver na personagem também é o fato de que, ao acontecer alguma coisa boa com ela, ela fica desconfiada e acaba se fechando. Vai entender.

Bem, o que dizer da capa do livro? A capa é simples e passa a idéia central do livro (ou seja, que a protagonista vai para a terapia), mas não é uma capa que chama a atenção.

Eu gostei muito do livro e durante esse ano eu tive várias oportunidades de encontrar a Laura, até mesmo num evento que organizei lá na minha faculdade em setembro e na primeira edição do evento que aconteceu no dia . E fiquei super feliz ao saber que ela vai escrever mais sobre a vida da Catarina na continuação de Freud, me tira dessa, intimamente estou torcendo para ela arrumar um namorado *-*...